terça-feira, 8 de abril de 2014

Homenagem, reconhecimento e muito aprendizado com seu Odyr e família!

Dia 08 de abril de 2014, uma data marcante e profundamente triste! Odyr Vaz da Costa ( 1931-2014)

Pesquisei o significado do nome Odyr e encontrei: RIQUEZA, PROSPERIDADE. De fato era (é, pois para todos da família ele continuará sempre em nossos corações e lembranças) um ser humano rico e próspero com valores imensuráveis.

Com certeza conviver e fazer parte do cotidiano da “rica” família de seu Odyr é um privilégio. Para mim, os poucos mais de 10 anos que passei a conhecer e admirar cada um fez de mim uma pessoa melhor. A história de vida deles, a garra, a luta de minha sogra e de meu sogro para criar todos os filhos e fazer deles homens e mulheres de bem não é para todo mundo não.

Ele sempre se orgulhou da vida simples que levava, de como chegou em Aracaju sempre acompanhado por minha sogra e os filhos da sua história de vida e trajetória profissional e pessoal. Onde não havia nada, hoje é o Inácio Barbosa. Fez dele um bairro peculiar e cheio de vida que aprendeu desde cedo, respeitando não só a natureza, o meio, conquistando a todos que por ali passavam. Mudas não faltavam, placas com mensagens também não, lanternas de vários tipos e tamanhos, baldes e mais baldes, mangueiras para fazer crescer e embelezar a paisagem onde sempre morou.

O meu sogro nasceu no dia 19 de Junho de 1931, na cidade de Recife, e hoje depois de muitos anos lutando para sobreviver de um câncer e em seguida de Alzheimer, duas doenças miseráveis que aos poucos foi tomando conta de todo o corpo dele, desfigurando-o e descaracterizando-o. Quando um ente querido nosso adoece, nós também adoecemos juntos, isso é muito triste!

Há muito venho aprendendo a lidar com a morte com a ajuda de meu esposo, Lúcio Alves, aprendendo aceitar e entender, a dar mais valor aos nossos, a rotina e a vida, afinal todos sabemos que um dia esse triste e trágico dia chega para todos. Pouquíssimas vezes passei por esse sofrimento, sei que irei enfrentar mais cedo ou mais tarde mais momentos como este, mas mesmo pedindo perdão a Deus não consigo entender e chego a sofrer antecipadamente só em pensar. Por que Meu Deus, temos que passar? Como suportar tamanha dor? Seja uma mãe ou um pai perder um filho, seja um filho perder seus pais? E nossos amores? Nossas almas gêmeas? Nossos amigos e familiares? Ouvindo vários depoimentos de outras perdas, das dores que muitos enfrentaram como conseguem? Com certeza deve ser a sensação que já comecei a sentir quando voltei do cemitério hoje, só vazio...

Um vazio, uma saudade e uma dor calada dentro do peito todas as vezes que terei que chegar lá na casa dele e não o encontrar mais, suas conversas, suas brincadeiras, inquietações, perguntas, histórias, ensinamentos, broncas, assobios cantarolando suas músicas... E meu esposo, e minha filha caçula, Maria Eduarda que com apenas 6 anos de idade passou já por essa experiência, perdeu seu avô, um avô presente, querido, atencioso e de quem ela sempre se orgulhava.

Tenho a certeza também que as terras próximas ao Rio Poxim e a praça em frente a sua casa não serão mais as mesmas, o seu canto, a sua mão, a sua atenção e cuidados com cada planta colocada ali foi fruto de muito esforço, dedicação e preocupação com o meio ambiente e sustentabilidade. O grande Odyr foi e será sempre lembrado por todos nós!

Que Deus nos conforte em sua bondade e misericórdia!

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