segunda-feira, 26 de maio de 2014

10 motivos para aprender ROBÓTICA!





“Quando você vai ao shopping e a porta de entrada se movimenta sozinha permitindo sua passagem, saiba que essa comodidade só é possível graças ao uso da robótica. O elevador parou no andar desejado e abriu para você sair? Outro exemplo de robótica que – está certo quem já fez a lição! -, se faz presente cada vez mais no mundo moderno, repleto de peças e sensores controlados por computador. Entenda, portanto, robótica como a integração das partes de uma máquina de modo a colocá-la em funcionamento com uma função pré-estabelecida. “É um conhecimento típico dos dias de hoje”, afirma Helena Stefano, coordenadora dos cursos extracurriculares do colégio Oswald de Andrade, em São Paulo. “Se quiser erguer a parede de uma casa, por exemplo, construo a máquina que vai me ajudar a dar conta dessa tarefa – uso a robótica, em suma”.

São muitos os campeonatos de robótica hoje disputados no País, atraindo competidores de diferentes idades – o fascínio é enorme, inclusive entre adultos. No Oswald, o curso extracurricular de Robótica acolhe alunos a partir de 5 a 6 anos que freqüentam aulas de três níveis de dificuldade: Básico, Robótica 1 e Robótica 2. “É preciso que a criança seja capaz de um mínimo de concentração”, adianta Helena. “Mas, se apresentar dificuldade de se concentrar, vai desenvolver essa capacidade ao longo do curso.”
Eis aí uma das razões que justificam o aprendizado de Robótica por seu filho. Outras há com o mesmo objetivo: aprimorar o desenvolvimento de quem tem pouca idade e deseja tudo saber. Com a ajuda da coordenadora Helena Stefano, selecionamos um total de 10 motivos para aprender Robótica. Saiba mais a seguir.
1. Demonstração prática de conceitos científicos
Vários conteúdos apresentados em sala de aula podem ser detalhados no curso de Robótica. Se o aluno estiver aprendendo, por exemplo, noções de força, movimento e aceleração, poderá ver o que isso realmente significa, como isso se resolve – para uma estrutura ganhar estabilidade, por exemplo, o que é necessário fazer, como se chega à solução e por aí vai. Na aula de Robótica, a criança manuseia, constrói, vê o que dá errado e o que dá certo, por que é preciso tanto parafuso para colocar nesta ou naquela peça etc. A prática esmiuçando a teoria.
2. Desenvolvimento das habilidades mentais
Na aula de Robótica, o aluno terá de usar o raciocínio lógico, o pensamento, a atenção, o poder de concentração e a observação na medida em que lhe é exigido uma atitude a respeito do que está em construção. Que peças deverá usar, quais movimentos será obrigado a fazer para chegar a um objetivo etc. – tudo é motivo de reflexão e tomada de decisão para cumprir a meta estabelecida entre alunos e professor, qual seja, construir.
3. Desafio de criar – e de ser flexível
Em Robótica, o aluno é desafiado a todo instante a criar. Ele terá de encontrar soluções para os problemas que surgem incessantemente durante a aula, desde aqueles de ordem prática – que tipo de parafuso é preciso usar para prender um determinado material – aos mais complexos, caso da estrutura adequada para suportar o balanço de uma gangorra, por exemplo. O estímulo à criação faz com que a criança aprenda, na prática, a se virar, encontrando novas funções para objetos comuns, tradicionais. Avaliações rígidas cedem lugar à atitude flexível, algo cada vez mais exigido na vida em sociedade. Porque quem tem jogo de cintura sobrevive melhor no mundo de hoje.
4. Aprimoramento da coordenação motora manual
O aluno de Robótica trabalha as mãos e os olhos o tempo inteiro. São dezenas de peças separadas por tamanho, cor e função – para chegar a essa classificação, ele tem de desenvolver um método de organização, cada material armazenado em um local específico etc. Até o mais desastrado aluno é obrigado a aprender, nesse tipo de atividade, a organizar de modo a ser capaz de realizar suas tarefas. Robótica, assim, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora necessária até mesmo para segurar o lápis em fase de alfabetização. Ou seja: aprimora o rendimento escolar- algo fundamental para a evolução do indivíduo,
5. Incentivo às capacidades de projetar e planejar
Antes de realizar um projeto, é preciso definir o que se pretende alcançar, fazer uma seleção do material necessário e pensar nas condições para a sua realização, levando em conta o tempo, o espaço e os recursos disponíveis. A aula de Robótica tem essa característica, a de desenvolver o sentido de realidade, das suas possibilidades e dos seus limites. Ela obriga a pensar antes de se deixar levar por uma fantasia, um desejo. O professor sempre atua como mediador, ele legitima a possibilidade e dá condição para a criança refletir sobre a viabilidade ou não do projeto que tem em mente.
6. Interesse pela imaginação
Na aula de Robótica, os projetos podem ser criados a partir das ideias e histórias dos alunos. Vamos imaginar que a criança montou algo parecido com um cachorro, o que fez outra construir uma espécie de elefante. Foi o suficiente para o grupo demonstrar interesse de criar um zoológico – que poderá ser executado sob a orientação do professor. A inventividade é assim estimulada de modo a testar se o que existe e tem graça no mundo do imaginário pode se tornar real – ou não.
7. Aprendizagem de trabalhar em equipe
Para realizar uma tarefa de Robótica, cada aluno é incentivado a trocar experiências-projetos são quase sempre realizados em pequenos grupos, fortalecendo as relações interpessoais, o respeito ao trabalho e às ideias do outro e às atitudes de cooperação e de generosidade mútua. Nem sempre é cor de rosa o mundo contido na aula de Robótica – trata-se de um aprendizado, onde acontece a competição, a rivalidade, mesmo entre os de pouca idade. Entretanto, as crianças são estimulas a construir em grupo, desenvolvendo a percepção sobre a função do colega, de como ele pode ensinar algo importante para a realização de uma tarefa. Afinal, em equipe, todos têm possibilidades diferentes, mas todos podem sobressair.
8. Entendimento dos próprios limites
Muitas vezes o projeto de Robótica foi idealizado de um modo que não funciona – e o orientador deve estar ao lado para dar apoio ante o erro. O aluno aprende desde cedo a lidar com os próprios limites, a conviver com a frustração – ele logo entende que continua a ser aceito e amado, mesmo se o que chegou a propor não funciona – afinal, o importante é participar e lutar para aprender. Ao transmitir confiança em si mesmo, o professor ajuda o aluno a lidar com os desafios inerentes ao processo de aprendizagem e convívio social.
9. O valor da paciência e da disciplina
O projeto de Robótica é normalmente pensado em fases que exigem tarefas resolvidas uma depois da outra – em conseqüência, o resultado demora em ser obtido, nunca acontece de imediato. É um projeto que começa simples, mas pode se tornar complexo à medida que novas aprendizagens são incorporadas. Faz-se necessário ter disciplina e paciência para controlar a ansiedade e esperar a passagem do tempo – o tempo certo para alcançar a evolução. Há fases realmente chatas que colocam à prova a capacidade de perseverar durante a aula – e que precisam ser vivenciadas por quem deseja realmente aprender.
10. Desenvolvimento da meta-cognição
No curso de Robótica, o aluno ganha a percepção do próprio processo de aprendizagem (meta-cognição). Bem orientado, ele consegue perceber quais são os grandes desafios, assim como os caminhos e os recursos que têm à disposição para ter êxito nas tarefas. Ele aprende a se perguntar por que não deu certo o que tentou fazer – e a encontrar resposta para cada um dos seus erros. Ele se habitua a pensar sobre o próprio desempenho – e a vibrar com o que se mostra capaz de conquistar.”

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