...De vez em quando paro para pensar sobre a minha profissão e fico muitas vezes, triste, aborrecida e revoltada com o retorno que temos com o resultado de uma vida de estudo, dedicação e profissionalismo.
Que tipo de profissionais estamos sendo se formos analisar esse contexto? Retorno? Qualidade de vida? Reconhecimento? É melhor nem pensar muito.....é frustrante.
Qual professor que não cumpre sua missão de educar mostrando qual seria a boa trilha a seguir pela vida? Educar é influenciar, não tem jeito. Mas educar é, ou deveria ser, acima de tudo, ensinar a pensar, e o pensamento com qualidade conduz, ou deveria conduzir, as duas lições que são mais belas que um jovem pode aprender: a autonomia e o significado.
Ser autônomo significa fazer suas próprias escolhas e assumir responsabilidades por elas. É ser maduro, lúcido, equilibrado...E, ter significado, quer dizer estar conectado com uma atividade que faça sentido, o que nos interessa realmente. Fazendo o que gostamos e que torne o mundo melhor.
Como diz Renato Teixeira em seu Tocando em Frente, que compôs com Almir Sater: "cada um de nós compõe a sua história, e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, e ser feliz."
Por isso, caros amigos da profissão, se abraçamos essa causa, vamos fazer o melhor possível! E, hoje mais do que nunca estamos e buscamos fazer o possível...Não sei fazer outra coisa, a não ser ensinar. Faço a minha parte!!! Cada um faz o que pode. Pelo menos tentamos....
Vamos SER, OUSAR, SE REFAZER, REINVENTAR e dar resultados!!! Somos indispensáveis, somos formadores! Seja o que for, mas seja do seu jeito!!!! Se temos a certeza do que estamos nos propondo a fazer, continuem. Vamos ecoar nos quatro cantos o nosso VALOR, o SENTIDO do que queremos e propomos.
Tenho certeza de que refletimos todos os dias o porquê de certas situações, o que nos leva a abdicar de muita coisa em prol da carreira que escolhemos, em prol do que escolhemos ser e fazer, mas o que não podemos nos esquecer é da nossa saúde mental, dos nossos sonhos, da nossa vida.
Damos sim o nosso melhor, buscamos sim de um jeito ou de outro exercer nossa profissão com dignidade, mas será que o público que atendemos pensa da mesma forma? De 2020 para cá muitas questões estão sendo indagadas, esmagadas, colocadas em prova. Será que se nós, nos colocássemos um pouquinho num lugar do outro: de um médico, auxiliar, enfermeiro, técnico, professor, aluno, mãe, pai, cliente, doente, filho, amigo, colega de trabalho, de uma escola, empresa, seja a pessoa ou situação, será que iria sentir na pele? Será que eu não pensaria de outra forma? Será que eu não tentaria melhorar ou ajudar? Ser consciente? Ser empático? Ser solidário?
Desculpem aqui, meu desabafo, mas precisei expor aqui algumas ideias e pensamentos....aqui sinto-me à vontade para descrever e dividir com vocês minhas pesquisas, angústias, pensamentos.
Vamos nessa...vida que segue...
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