15 de Agosto
A utilização de computadores na educação é tão remota quanto
o advento comercial dos mesmos. Esse tipo de aplicação sempre foi um desafio
para os pesquisadores preocupados com a disseminação dos computadores na nossa
sociedade.
Já em meados da década de 50, quando começaram a ser
comercializados os primeiros computadores com capacidade de programação e
armazenamento de informação, apareceram as primeiras experiências do seu uso na
educação.
Por exemplo, na resolução de problemas nos cursos de
pós-graduação em 1955 e, como máquina de ensinar, foi usado em 1958, no Centro
de Pesquisa Watson da IBM e na Universidade de Illinois - Coordinated Science
Laboratory (Ralston & Meek, 1976, p. 272).
No entanto, a atividade de uso do computador pode ser feita
tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para
reforçar o processo instrucionista, quanto para criar condições do aluno
construir seu conhecimento.
Quando o computador transmite informação para o aluno, o
computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem pedagógica é a
instrução auxiliada por ele. Essa abordagem tem suas raízes nos métodos
tradicionais de ensino, porém ao invés da folha de instrução ou do livro de
instrução, é usado o computador. Os software que implementam essa abordagem são
os tutoriais e os de exercício-e-prática.
A INFLUÊNCIA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO AMERICANA E FRANCESA
NO BRASIL
A Informática na Educação, no Brasil, nasceu a partir do
interesse de educadores de algumas universidades brasileiras motivados pelo que
já vinha acontecendo em outros países como Estados Unidos da América e França.
Em 1971 a Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao
Ensino Superior (I CONTECE), realizada na Universidade Federal de São Carlos,
E. Huggins, especialista da Universidade de Dartmouth, E.U.A., minstrou um
seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino de Física (Souza,
1983).
Em 1982, no I Seminário Nacional de Informática na Educação,
realizado em Brasília, Mme. Françoise Faure, encarregada da Área Internacional
da Direção Geral das Indústrias Eletônicas e de Informática da França,
ministrou uma das duas palestras técnicas do evento - a outra foi ministrada
por Felix Kierbel, Diretor do Centro Nacional de Ensino de Informática do Ministério
da Cultura e Educação da Argentina (Seminário Nacional de Informática na
Educação 1 e 2, 1982).
BREVE VISÃO HISTÓRICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL
No Brasil, como em outros países, o uso do computador na
educação teve início com algumas experiências em universidades, no princípio da
década de 70. Em 1971, foi realizado na Universidade Federal de São Carlos um
seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino de Física, ministrado
por E. Huggins, especialista da Universidade de Dartmouth, E.U.A. (Souza,
1983).
Nesse mesmo ano, o Conselho de Reitores das Universidades
Brasileiras promoveu, no Rio de Janeiro, a Primeira Conferência Nacional de
Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE). Durante essa
Conferência, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP),
acoplou, via modem, um terminal no Rio de Janeiro a um computador localizado no
campus da USP (Souza, 1983).
Na UFRJ, em 1973, o Núcleo de Tecnologia Educacional para a
Saúde e o Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional (NUTES/CLATES) usou
software de simulação no ensino de Química. Na UFRGS, nesse mesmo ano,
realizaram-se algumas experiências, usando simulação de fenômenos de Física com
alunos de graduação.
O Centro de Processamento de Dados desenvolveu o software
SISCAI para avaliação de alunos de pós-graduação em Educação. Em 1982, o SISCAI
foi traduzido para os microcomputadores de 8 bits como CAIMI, funcionando como
um sistema CAI e foi utilizado no ensino do 2º grau pelo grupo de pesquisa da
Faculdade de Educação (FACED), liderado pela Profa. Lucila Santarosa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Deliver? Em R.J. Seidel, R.J. & M.L. Rubin (ed.) Computers and
Communications: implications for education. New York: Academic Press.
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Baron, G. & Bruillard, E. (1996). L’Informatique et ses usagers. Paris: PUF.
Calani, M.C. (1981). Conceitos Geométricos Através da Linguagm Logo. Dissertação de Mestrado não publicada. Departamento de Ciência da Computação, IMECC, Unicamp.
Dieuzeide, H. ( 1994). Les Nouvelles Technologies- Outils d’enseignement. Série Pédagogie, Paris: Ed. Natan.
Johnson, D. (1996). Evaluating the Impact of Technology: the less simple answer. http://fromnowon.org/jan96/reply.html.
Levy, P. (1993). As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 34.
Linard, M. (1990). Des Machines et des Hommes. Paris: Éditions Universitaires.
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Fonte: www.nied.unicamp.br
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