De melodia simples e ritmo acelerado, as marchinhas exercem uma
grande atração nas pessoas. Apesar de ser um gênero musical de todo o Brasil,
foi no Rio de Janeiro que as marchinhas vingaram. Então capital federal, o Rio
tinha as principais emissoras de rádio e gravadoras de discos, que
potencializaram a divulgação do gênero.
As marchinhas de carnaval consagraram-se entre as décadas de 1920 e 1960. Após
esse período, entraram em declínio, porém nunca chegaram a desaparecer. Até
hoje, suas letras debochadas e irônicas são cantadas por foliões em todo o país.
Confira a lista que o Opinião e Notícia preparou
com algumas das marchinhas mais conhecidas do Carnaval.
1) Ô abre alas (1889) – Esta pode não ser a canção mais tocada nos
carnavais, mas é a pioneira do que viria a ser um gênero musical. Composta por
Chiquinha Gonzaga, foi criada especialmente para animar o cordão Rosa de Ouro.
2) Cidade Maravilhosa (1935) – Uma das canções mais famosas do
carnaval carioca é a “Cidade Maravilhosa”. Composta por André Filho, a
marchinha não só fala sobre o Rio de Janeiro, como seus primeiros acordes são
do hino da cidade.
3) Mamãe eu quero (1937) – A composição de José Luís Rodrigues
Calazans (Jararaca) e Vicente Paiva também é uma das marchinhas mais executadas
no carnaval.
4) Saca-rolha (1954) – Música da boemia carnavalesca, a canção
composta por José Gonçalves, Zilda Gonçalves e Valdir Machado se tornou um
clássico do repertório carnavalesco.
5) Índio quer apito (1960) – A parceria de Haroldo Lobo com Milton
de Oliveira rendeu diversos sucessos, entre eles o “Índio quer apito”. Esta é
uma das canções que mais renderam em direitos autorais aos dois compositores.
6) Cabeleira do Zezé (1963) – Segundo o compositor João
Roberto Kelly, a marchinha foi criada em uma mesa de bar. “Trabalhava em uma
televisão e de noite gostava de ir para um bar no Leme bater papo com amigos.
Tinha um garçom cabeludo e fiz Cabeleira do Zezé.”
7) Marcha do remador (1964) – Escrita por Antônio Almeida e
Oldemar Magalhães, a canção fez grande sucesso no carnaval daquele ano, na voz
de Emilinha Borba.
6) Maria Sapatão (1980) – Uma das canções mais polêmicas do
Carnaval foi composta por uma dupla também um tanto inédita: João Roberto Kelly
e Chacrinha.
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